segunda-feira, 17 de agosto de 2009

À beira do mar...


"E lá estava eu contemplando a beleza do mar com meu olhar perdido no tempo,
Como se estivesse esperando por algo que havia roubado minha felicidade.
Não esperava por ninguém, apenas me perdia olhando para o horizonte
Tentando compreender o porquê de tantas dúvidas em minha vida
Mas enfim, você chegou…
aproximando-se de mim como a brisa que soprava do mar...
Quando percebemos já estávamos ali trocando olhares...
À tarde caía e com ela o pôr do sol que chegou para o
encontro que seria selado pelo encontro de nossos lábios.
Aquele momento se mostrou muito especial....
Os dias se passaram e o que parecia brincadeira
Deixou – nos em estado de confusão...
Como se quisesse controlar um sentimento que não se explica, apenas se sente...
Nos despedimos como um vento que sopra as folhas das palmeiras...
E que não deixa marcas por onde passa
Deixa apenas lembrança do frescor...
Sentido naquele instante, sabendo que estará de volta a qualquer momento.
E foi assim que tudo aconteceu, o mar te trouxe para meus braços...
E num piscar de olhos, você partiu como se ondas o tivessem levado
Além do horizonte, onde meus olhos já não podem enxergar.
E quando achei que jamais o reencontraria,
Aquele mesmo mar que um dia o levou, te trouxe novamente para minha vida...
Em um cenário diferente e de forma intensa.
Mostrando-me novamente a alegria de compartilhar momentos com alguém.
É como se todo o sentimento que um dia eu jurei ter morrido de dentro de mim, apenas estivesse adormecido e agora depois de tantos anos ele despertou quando você apareceu.
Independente do destino, eu me redescobri à beira do mar..."
POSTADO POR BELLE

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Há palavras que nos beijam


Há palavras que nos beijam

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármores distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
No silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O’Neill

Do peito que dói...


Do peito que dói...

se tiveres medo de se apaixonar...
não faz-se difícil entender...
sentir o coração rasgar...
e sentir a alma arder...

mas lembre-se de como é doce...
o cheiro inebriante da pele...
melhor se para sempre fosse...
o gosto viciante do beijo...

porém fugaz, tudo se faz...
mas o que senti por ti, desejo...
não quer passar, meu corpo pede mais
uma silhueta na penumbra

uma mão tímida e quente...
depois o corpo quente que deslumbra..
doce ópio de loucura ardente
como uma chama que queima e atrai


Hugo Roberto Bher

Sapiencia


Esta sapiencia que eu tenho
Desse teu desamor, desse teu fingimento
Me dá um desalento
Um nó que me aperta por dentro!
É igual vento encanado
quando sai desatinado
chovendo mundo afora.

Te aviso, mas vc não olha...
um dia, sem demora
chove aqui dentro
e meu coração vai embora.
Espelhado por Fern