sábado, 19 de dezembro de 2009

NA PENUMBRA



na penumbra ficou
o beijo molhado
a carícia suave
o olhar demorado
os corpos colados

na penumbra ficou
o gemido sufocado
a língua em serpente
um beijo esfomeado
dado de repente

na penumbra ficou
suas mãos nas minhas
seu hálito de bala de hortelã
suas pupilas que sorriam
antes do sol nascer naquela manhã

na penumbra ficou
a emoção guardada
nos lençóis desarrumados
e nas roupas no chão
e no ar um cheiro de perfume
mesclado com sabor
de solidão

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